domingo, 28 de novembro de 2010

Fotos - Família Pedroso

Companhia de Artilharia 2745, Virgílio Pedroso
está no segundo lugar, fila de trás, lado direito.

Fotos - Família Teixeira

Serviço Militar - Elvas
Manuel Teixeira

Fotos - Família Teixeira

O Casamento...
Casamento de Manuel Teixeira em 1976
Da esquerda para a direita: Celeste Júlia (minha avó); Manuel Teixeira (meu tio); Celeste Gomes; Artur Teixeira (meu avô)

Fotos - Família Teixeira

Anos de namoro...


Celeste Gomes e Manuel Teixeira




Manuel Teixeira e Celeste Gomes

Fotos - Família Teixeira

Manuel Teixeira, inicio dos anos 70

Manuel Pedro - Trisavô - Pai de Maria da Conceição

Manuel Pedro


Manuel Pedro nasceu em 1899 em Valle da Gunha, filho de Joaquim Pedro Novo e Dionisia Coelho.
Em 1924 casa com Júlia Maria, a meio do ano de 1925 parte para França para cumprir o serviço militar como soldado na Companhia de Cavalaria. Num exercício de rotina, caí do cavalo e fica gravemente ferido, e com febres altíssimas.
Envia esta fotografia (á direita) para a sua esposa. Foi a ultima vez que se falaram. O seu corpo nunca foi trazido para Portugal. Repousa em França.


Morreu em Setembro de 1925.

Júlia Maria - Trisavó - Mãe de Maria da Conceição


Júlia Maria nasceu a 23 de Abril de 1897 em Ribeirão Preto, Brasil, filha de António de Souza Venceslau e Maria Emília de Jesus. Chegou a Portugal com 1 ano de idade.
Casa com Manuel Pedro em 1924, engravida e fica viúva em Setembro de 1925. O seu marido viajara para França, para cumprir o serviço militar. Após uma queda de cavalo, fica com febres altíssimas e dores horríveis, que o levaram á morte. A sua filha Maria da Conceição, nasceu em Novembro desse ano.
Apelidavam-na de Júlia Venceslaua devido ao nome de seu pai (A. Venceslau). Teve uma vida de sacrifício, trabalhava de sol a sol. 


A sua neta, Maria Júlia da Conceição, minha avó, relata:


" Era uma mulher de coragem, enfrentou o mundo com uma criança na mão, e com outra mão cheia de nada. Trabalhava sem parar, fazia de tudo o que podia para criar a sua pequena e única filha, e criava-a única e exclusivamente com o apoio das irmãs, que quando Júlia ía para feiras vender produtos hortícolas, ficavam com a criança."


A família do seu falecido marido, nunca contribuiu para as despesas, nunca quiz saber de Júlia ou da sua filha, estavam portanto abandonadas, só com o apoio das irmãs.
Conhece Manuel Leal entre 1923 e 1930 e em 1933 casam. 


Manuel Leal em 1934
Manuel Leal era também viúvo, tinha 3 filhas para criar e uma resma de dividas para pagar por conta de um café que dera para o torto, e ficara a dever um norme montante de dinheiro a fornecedores. Enquanto Manuel trabalhava, Júlia cultivava de tudo, e apanhava fruta a proprietários de grandes terrenos, para poder ajudar nas despesas e pagar as dividas do seu 2º marido. Com muito esforço e trabalho, conseguiram pagar todas as dividas e ainda comprar novas propriedades.


Sonhava em ter filhos com Manuel mas ficou novamente viúva em 1962. Com o dinheiro que juntara durante o casamento, faz uma nova casa para ela e para a neta, Maria Júlia da Conceição, e dá a casa - a parte que lhe recebeu em herança - onde vivera com Manuel Leal ás filhas dele.
Em 1972 perde a única filha que tinha. Agora vivia com a neta e seu marido. Mas nos anos 80, dá permissão para o assassino da filha passar um tempo em sua casa uma vez que estava muito doente.


Morre em Março de 1983.


Júlia Maria aos 84anos com uma
das suas bisnetas (Sónia Conde).
Esta é a sua ultima fotografia. Morreu dias depois.

Fotos - Família Pedroso

 Ultramar em Moçambique (1970-1972)









Virgílio de Jesus Pedroso da 
Companhia de Artilharia 2745 
em Mangade , Moçambique

Fotos - Família Pedroso

Virgílio Pedroso á esquerda, Moçambique
Virgílio Pedroso á direita em 1972
Nangade, Moçambique

Fotos - Família Pedroso

Maria Júlia da C. com
Palmira da Conceição (filha de Manuel Leal)
1967
Maria Júlia da C. em 1967
Maria Júlia (minha avó) á porta
de sua casa - fotografia tirada
propositadamente para mostrar
o novo fato (1968)

sábado, 27 de novembro de 2010

Fotos - Família Pedroso

Maria Júlia da Conceição, em 1970, nas traseiras de sua casa,
segurando uma fotografia da sua filha Anabela

Fotos - Família Pedroso














Maria Júlia da Conceição nos primeiros
anos de serviço na empresa vidreira
Barbosa e Almeida, na Marinha Grande

Fotos - Família Pedroso

Maria Júlia da C. em 1971, Vale da Gunha
Maria Júlia da C. em 1966, Venda,
em frente á casa da sua avó.

Fotos - Família Pedroso

Ultramar em Moçambique

Virgilio Pedroso em Moçambique 1972
Virgilio Pedroso á civil em Moçambique


Fotos - Família Teixeira

Manuel Teixeira com amigas no inicio dos anos 70

Fotos - Família Teixeira

Manuel Teixeira (meu tio) ao lado do quartel em Elvas

Maria da Conceição - Bisavó - Mãe de Maria Júlia da Conceição

Maria da Conceição

Maria da Conceição nasceu em Pocariça a 24 de Novembro de 1925, filha de Manuel Pedro e Júlia Maria.
A sua mãe ficara viúva ainda grávida, em Setembro de 1925.
Maria cresceu com as filhas do padrasto. Maria da Luz, Palmira da Conceição e Maria Amorinda eram a sua nova familia. Brincavam pelo prados sob vigilancia de Manuel Leal, pai das tres meninas e padrasto da minha bisavó.
Maria da Conceição era a 2ª menina mais velha das 4.
O vicio da bebida começou muito cedo. 


A minha avó, filha de Maria da Conceição, conta-me um episódio:


 " A minha avó contou-me um dia que apanhou a minha mãe a beber. Ela tinha por habito esconder a garrafa da bebida debaixo da cama e um dia apanhou-a a beber na cama. A minha avó que era uma mulher com regras, agarrou na garrafa e bateu-lhe com ela. Para que ela não volta-se a beber, partiu-lhe a garrafa. Mas de nada adiantou. Dias depois já estava ela ensopada em vinho de novo"


Casou com Joaquim Ascenso a 26 de Julho de 1947, o homem que mais tarde lhe acabou com a vida com um cajado.
Com ele teve 2 filhas, uma delas antes do casamento e um filho.
Contam-se Maria Júlia da Conceição em 1946, Ilda Ascenso em 1948 e Manuel Ascenso em 1950.
Maria da Conceição aos 45 anos

Era uma senhora de feições negras por descender de brasileiros. O álcool tornou-a uma mulher completamente diferente em termos físicos e claro que em termos psicológicos. Envelheceu rapidamente, aos 45 anos tinha aparência de mais de 60.






Morreu a 14 Julho de 1972, assassinada com várias pancadas na cabeça.
Segundo o Assento de Óbito: "Hora da morte: Ignorada"


Tinha 46anos. Poderia hoje, talvez, ainda estar viva se não casasse com o "homem" errado.

Fotos - Família Teixeira

Fotografias de Manuel Teixeira durante o cumprimento
do serviço militar

Árvore- Os Silva Teixeira (incompleta)

Joaquim Ascenso - Bisavô - Pai de Maria Júlia da C.


Joaquim Ascenso

Joaquim Ascenso nasceu ás 11horas do dia 16 de Outubro do ano de 1923, no lugar de Telheiro, freguesia de Maceira, filho legitimo de José Ascenso de 25anos e de Adelina Ferreira de 24.
Era apelidado de Quim Cardoso das Cabras, alcunha que passo a explicar. Quim por ser Joaquim, Cardoso por a família do seu pai pertencer á família Cardoza e das Cabras porque ele era proprietário de um rebanho imenso de cabras.
Casou em 1947 e já contava com uma filha de 1 ano de idade, a minha avó, Maria Júlia.
Era temido por toda a aldeia e em redor. Conhecido por ser um homem muito mau, que andava sempre embriagado e que batia na mulher e filhos.
As agressões em casa eram, como costumo dizer, "o prato do dia", cada vez que chegava embriagado a casa  a pobre da mulher tinha de ser agredida, seja fisicamente, seja verbalmente.
Em 1972, mata a mulher de 46anos. Era costume ele bater na esposa e ameaça-la... Um dia cumpri-o a promessa. Matou Maria da Conceição á pancada e deixou o seu corpo 3 dias, na própria casa, até darem pela sua falta.

A minha avó, Maria Júlia, filha de Joaquim, relata:

" Eu já não morava com eles desde menina, vivia com a minha avó. Mas quando soube que a minha mãe tinha morrido, soube logo que tinha sido o meu pai. Ele chamava-lhe os mais arrepiantes nomes, batia-lhe. 
Fui logo para casa deles, eu, a minha irmã e o marido dela. Quando chega-mos as irmãs do meu pai estavam dentro de casa, e os maridos delas á porta, e não nos deixaram entrar até o corpo da minha mãe estar arranjado para o velório. Duraram uma eternidade, de lá de dentro saiu um amigo do meu pai. Um senhor muito influente a nível social e económico. Nada nos disse.
Por fim deram-nos autorização para entrar. O ar estava imundo, a casa toda limpa e o corpo da minha mãe deitado na cama, sem uma única pista do que se tinha passado. Por de trás das portas, estavam panos cobertos em sangue. a minha mãe tinha o crânio tapado com um lenço, á cabeça, como alias era normal.. Na altura não percebi porque ela tinha o lenço. Mas depois, quando vi a autopsia, percebi que o lenço estava lá para cobrir os hematomas e as profundas feridas no crânio. As minha tias, tinham limpo absolutamente tudo e encoberto um crime de violência domestica. Lavaram rigorosamente tudo. A policia só chegou ao local quando ela estava vestida, e aquele tal amigo do meu pai, como tinha conhecimentos na policia, disse que aquilo tinha sido um acidente. O meu pai nunca foi acusado de nada, mas confessou á minha avó - mãe da minha mãe - que se tinha arrependido do que tinha feito. A minha avó como tinha ficado viúva mandou fazer uma casa para ela e para mim...Entretanto casei-me e o meu pai como tinha parado de beber, vivia sozinho e era idoso e débil, veio viver connosco... O meu pai e a minha avó materna juntos.. Era horrível..Ela gritava-lhe ASSASSINO, e ele chorava para que ela o perdoa-se, mas ela morreu sem o perdoar. No dia em que a minha avó morreu ele chorou desalmadamente."

Ao meio-dia de 17 de Janeiro de 1985, Joaquim deu o ultimo suspiro. Morreu de um Acidente Vascular Cerebral. 

Emília Maria - Bisavó - Mãe de Virgílio Pedroso

 Emília Maria


Emília Maria nasceu ás 9 horas do dia 17 de Abril de 1914 em Dos Pretos (actual A- Dos- Pretos), filha de Joaquim Pedroza, de 46anos de idade, e de Maria de Jesus de 36anos.
Usa o nome de Emília de Jesus, mas o seu verdadeiro nome era Emília Maria. Era descendente de uma das famílias mais ricas de Maceira, á época.
Ganhou o cognome de Milota por se chamar Emília. Nunca se casou, no entanto teve 2 filhos, de pais diferentes.
Tinha varias irmãs, e um irmão. Adquiriu com as irmãs o habito de beber. Tornou-se alcoólica e andava num estado de embriaguez permanente. O seu irmão vendo a fragilidade das irmãs, aproveitava o seu estado embriagado para lhes comprar terrenos e reunir a herança da família para ele, antes que elas a decidissem vender a outros. Comprou quase todos os terrenos da família quase de graça. A herança em dinheiro que Emília tinha recebido, aquando da morte dos pais era esbanjada em vinho, e assim também as suas irmãs.   
Emília Maria aos 54anos no
casamento do filho Virgílio Pedroso em 1968
É mãe de António Morouço com um homem desconhecido e mais tarde, em 1948, tem  Virgílio Pedroso, filho conjunto com José Matias. 
Morre aos 61 anos, ás 5 da madrugada do dia 17 de Dezembro de 1975 no hospital de Leiria, sendo a causa de morte Hematemese.




José Matias - Bisavô - Pai de Virgílio Pedroso

José Matias




José Matias nasceu a 5 de Outubro de 1906 no Telheiro em Maceira, pelas 8 horas da manha. Filho de António Mathias e Maria de Jesus. Casa aos 23 anos, no dia 14 de Fevereiro de 1930 no Posto do Registo Civil de Maceira, pelas 14 horas, com Maria da Conceição, filha de Joaquim Pedroza e Maria de Jesus. Com ela tem 6filhos.
Durante o casamento José Matias traí a esposa com a sua irmã Emília, cunhada do mesmo. Assumiu que o tinha feito pois ele gostava de Emília. Em 1948 é pai de um relacionamento pouco digno com a cunhada. José não assume o filho de imediato. Leva 20 anos para o fazer. Em 1970 o seu filho ilegítimo Virgílio Pedroso, parte para a Guerra com a promessa de ser legitimado assim que regressar. E assim fez José. Ficou viúvo a 3 de Maio de 1971. A partir daí, junta-se com a sua amada Emília Maria. 


Ficou cego e dependente dos filhos e companheira.
Ao 22º dia do mes de Junho de 1983, José Matias faleceu.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Júlia Amélia - Bisavó - Mãe de Celeste Júlia

Belmiro Teixeira (meu pai) e Júlia Amélia
Em frente á casa da mesma em 1970.
Júlia Amélia


Júlia Amélia nasceu em Cavalinhos no ano de 1901, filha de João Ignácio e Amélia de Jesus. Casou com Pedro Francisco com quem teve 4 filhos.
Enquanto mãe ficou sem um filho repentinamente e sem o destino avisar, enquanto esposa teve a dor do luto.


Ficou órfã de pai com apenas 11 anos de idade vivera com a sua mãe Amélia de Jesus desde sempre...
Viera de uma família muito humilde pelo que sempre foi habituada a lutar para conseguir um pouco do que queria (até porque os tempos eram bem piores que os de hoje...)
Morreu aos 89 anos em Setembro de 1990.
Júlia Amélia no casamento da sua
 neta Maria da Natividade Teixeira 




Pedro Francisco - Bisavô - Pai de Celeste Júlia

Pedro Francisco

Pedro Francisco nasceu em 1898, em Cavalinhos, filho de José Francisco e de Eva de Jesus.


Pouco sei sobre este senhor. Cumpriu serviço militar, casou em 1928 com Júlia Amélia. Tiveram  2 filhas e 2 filhos. Morreu no fim dos anos 70.A quando da sua morte, um dos seus filhos já tinha falecido. Não há fotografias nem recordações deste senhor. No entanto deixo em anexo o seu testamento realizado em prole dos seus filhos.


Manuel Teixeira - Bisavô - Pai de Artur Teixeira

Manuel Teixeira


Manuel Teixeira nasceu na madrugada do dia quatro de Setembro de 1908. Filho de António Teixeira e Joana Rosa.
Da sua infância e adolescência pouco se sabe, até porque era um homem muito reservado. Tivera um filho ilegítimo o que o obrigara a casar com Maria da Silva no ano de 1928.
Desse casamento fluiriam mais 3 filhos.
Era muito rígido com eles, como alias era norma nos anos 30 e 40 do século passado,e um estereotipo seguido nos anos do pós-guerra.
Respeitava a sua esposa e nutria por ela um sentimento que apenas ele conseguiria descrever. Em 1969, de certo modo percebeu que a sua esposa iria falecer e pediu para lhe tirarem várias fotografias.


Ficou viúvo aos 61 anos de idade e não mais se envolveu com outra mulher.


Faleceu aos 75 anos, ás 19h:15m do dia 28 de Dezembro de 1983 vitima de Meningite.


Manuel Teixeira em 1975

Manuel Teixeira no inicio da década de 80.